terça-feira, 30 de março de 2010

MADRUGADA

Do fundo de meu quarto, do fundo
de meu corpo
clandestino
ouço (não vejo) ouço
crescer no osso e no músculo da noite
a noite

a noite ocidental obscenamente acesa
sobre meu país dividido em classes


Ferreira Gullar

segunda-feira, 29 de março de 2010

NO CORPO

De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares

O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.


Ferreira Gullar

quinta-feira, 18 de março de 2010

Falta...

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.

Clarice Lispector

terça-feira, 16 de março de 2010

Essencial

Fico às vezes reduzida ao essencial, quer dizer, só meu coração bate.

Clarice Lispector

segunda-feira, 15 de março de 2010

Poetas da Escola

O céu é um lar

O mar é azul
e o céu é também
se unem em um
e a noite que vem.

Conforme o céu
tudo muda de cor
desenho em um papel
o detalhe da flor.

Cobre o celeiro
a luz do luar
o ar que respiro
é o ar de amar.

Vitoria Korb - 13 anos

Poetas da Escola

Meu Espaço

No meu espaço há sol e árvores,
sombra que predomina nas casas,
amigos que se divertem em todos os lugares.

Ar puro, onde se respira amizade,
flores e frutos com seus deliciosos sabores,
deliciosas comidas no jantar de sexta-feira.

Beijos, música, tudo que há de bom.
Você lá encontra harmonia,
porque o meu espaço é pura alegria.

Fernanda Kuppe - 14 anos

quinta-feira, 4 de março de 2010

Poetas da Escola

Saudade

Sinto muita saudade,
Não o encontro em lugar nenhum
e procuro até o fim da cidade,
Sem você não me sinto feliz, em lugar algum,
Com tanta saudade,
É uma flor que não floresce,
Nos conhecemos aos quatro anos de idade,
Isso me enlouquece,
Meu coração chora,
Uma margarida murcha sou
Você disse apenas que me ''adora''
Mais deve lembrar também, você já me amou,
Sento-me em um balanço com flores,
E imagino você ao meu lado, com seu sorriso,
Olho o a arco-iris e lembro que víamos as cores,
Lembro-me de você chegando com o barulho do seu riso,
quando deito-me, não consigo dormir,
Choro todas as noites,
Desde que inventou de partir.

Dantara St. O - 11 anos

quarta-feira, 3 de março de 2010

Poetas da Escola

A sinfonia do amor

O amor é um broto que desabrocha,
É um espelho no coração,
É uma festa enfeitosa,
Que muitas vezes, some na mão.


Pode ser o amor louco, apaixonado,
Dançando lentamente,
Ou paralisado,
Confuso, consequentemente,


Um quadro a ser pintado,
Que se não retocar, amarela.
Ou tão sofrido que tende a ser apagado,
Se fosse um conto de fadas, quem me dera...


Tão lindo e tão feio, recusa.
Em laços, preso, em corações,
Mais para esquecer não tem como receber ajuda.
Sólido demais, para segurar nas mãos.

Dantara St. O. - 11 anos

terça-feira, 2 de março de 2010

Poetas da Escola

Bairro dos Sentidos

O meu bairro tem muitas cores
Azul, amarelo, verde e vermelho
O meu bairro tem muitos cheiros
De flores, de frutas e do mar


No meu bairro tem um lugar
onde dá para ver o mar
E o vento que bate no rosto...
A sensação é de voar
Vendo as flores a dançar


Voltando para casa passo por uma pitangueira
Pitangas doces e maduras dá para saborear
E o dia já vai terminar
Já posso ver o luar.


Danyella Richter da Natividade - 11 anos